Luís de Camões é além de sua poesia erudita
Brasil, 10 de junho de 2014
Por Ana Felix Garjan
O mundo literário português, tanto em Portugal, como nos países de língua portuguesa, falada em diversos países, assim como poetas, escritores, poetas, professores, jornalistas, pesquisadores e artistas brasileiros, celebraram o "Dia de Camões", na data de 10 de junho, que marca os 434 anos do falecimento do maior poeta erudito do ocidente: Luís de Camões!
Os Grupos ARTFORUM Brasil XXI, a Universidade Planetária do Futuro prestam homenagem à memória histórica do poeta que Luís Vaz de Camões, que escreveu em poemas épicos e líricos as conquistas marítimas de Portugal na famosa obra "Os Lusíadas", e cantou muitos Poemas de Amor, para a humanidade.
O poeta nasceu em Coimbra, por volta de 1524, aproximadamente. Na vida de Camões aconteceram muitas aventuras e adversidades. Ele estudou na Universidade de Coimbra, frequentou a corte de D. João III, e ainda teve uma disputa com os mouros, e nessa ocasião perdeu o olho direito, em 1547, conforme publicações.
Sua obra, Os Lusíadas, foi inspirada na obra "Eneida de Virgílio", que trata-se de uma epopeia nacional para celebrar a origem e o crescimento do Império Romano. Assim, Camões narrou fatos históricos de Portugal. No poema, Camões mescla fatos históricos e intrigas dos deuses gregos, que procuram ajudar os navegadores, assim como se inspirou em canções populares, para escrever poesia que lembravam cantigas medievais que contavam dramas humanos e amorosos. Sua sensibilidade revela uma obra lírica, composta de sonetos que são considerados de 'perfeição geométrica'. E seus poemas sobre o amor revelam música para os ouvidos...
Em 1553 ele participou de expedições militares na Índia, depois em Macau, e veio a naufragar em costas do Camboja. Contam os historiadores e estudiosos da sua obra, que ele se salvou, nadando apenas com um braço e erguendo o outro acima das ondas, para salvar o manuscrito de "Os Lusíadas", publicado em 1572, que é composto de dez cantos em 1102 estrofes de oito versos. A obra de é apresentada em proposição, invocação, dedicatória e narração. O grande poema é constituído de elementos épicos e líricos, e sintetiza marcas do 'humanismo' e das grandes 'expedições ultramarinas'.
Poemas de Luís de Camões:
"Amor é um Fogo que Arde sem se Ver
Amor é um fogo que arde
sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que
bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder;
É querer estar preso por
vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu
favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?"
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?"
*
"Eu cantarei de amor tão docemente,Por uns termos em si tão concertados,
Que dois mil acidentes namorados
Faça sentir ao peito que não sente.
Farei que amor a todos avivente,
Pintando mil segredos delicados,
Brandas iras, suspiros magoados,
Temerosa ousadia e pena ausente.
Também, Senhora, do desprezo honesto
De vossa vista branda e rigorosa,
Contentar-me-ei dizendo a menor parte.
Porém, pera cantar de vosso gesto
A composição alta e milagrosa
Aqui falta saber, engenho e arte".
Ele escreveu:
Amar, 'é querer estar preso por vontade'.
________________________________
Homenagem
ARTFORUM Brasil XXI
Universidade Planetária do Futuro
Brasil, 11 de junho de 2014
Revista Planetária - ArtForum Internacional
Coordenação de Edição: Ana Felix Garjan
anafelixgarjan.artes2010@gmail.com
Coordenação de Edição: Ana Felix Garjan
anafelixgarjan.artes2010@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário