sexta-feira, março 08, 2019

Mês Internacional da Mulher -10 anos, por Ana Felix Garjan .

A Exposição "SANTA ARTE DE MULHERES" homenageia um grupo de artistas plásticas, na programação "Mês Internacional da Mulher" - projeto idealizado por Ana Felix Garjan. 


Tudo que é realizado deve ser embasado no 'papel histórico da mulher' e em trajetória no mundo contemporâneo. Publicamos artigo que resulta de estudos e pesquisas e que foi publicado em algumas revistas, em 2016. 

O papel histórico, político, social e cultural de mulheres em seus lugares no mundo.
                                                                            
                                                                                              Por Ana Maria Felix Garjan*
“Mesmo que eu fale de sol
mesmo que cante os ínfimos espaços
com as grandes verdades,
todo poema
é sobre aquele
que sobre ele escreve”.
                                        (Trecho do poema Psicanálise da Escrita), Ana Luisa Amaral, Lisboa.

Síntese: Crise do tempo – Realidade do mundo - Mulheres em ação

*2016 – século XXI – a humanidade globalizada encontra-se na Era da Informação, vivendo em ritmo e compasso acelerados, cada vez mais acelerados. Nesse atual início do ano, percebe-se o início do futuro – amanhã incerto, que é vislumbrado através dos grandes desastres ambientais que matam dezenas e centenas de vidas no mundo.

* O Brasil de 516 anos testemunha a tragédia aterrorizante acontecida em novembro de 2015, em Marina - Minas Gerais, onde centenas de famílias foram engolidas por lama da mineradora de Fundão. (Samarco, Mariana – Minas Gerais). Essa lama atingiu um dos mais importantes rios: O Rio Doce. A lama forte atingiu cidades, pessoas e águas que chegaram com lama ao oceano, na área do Espirito Santo. Onde está a solução para todas as famílias atingidas e para a natureza destruída? Quando, SAMARCO?

* O Fórum Social Mundial 2016 foi realizado em Porto Alegre – RGS, Brasil, nos dias 21, 22 e 23 de janeiro de 2016, onde as mulheres e odos os grupos participantes se manifestam e registraram as problemáticas da sociedade brasileira.

* O Fórum Econômico Mundial foi realizado em Davos, todos os anos, e dessa vez a agenda foi discutir os desafios da "Quarta Revolução Industrial". Particionaram do Fórum chefes de governo e ministros, representantes de empresas, bancos e diferentes grupos sociais que se reuniram na pequena cidade de Davos, nos Alpes Suíços, através desse encontro organizado pelo Fórum Econômico Mundial, com o objetivo de discutir o presente e propor caminhos para o futuro do mundo.

* No mundo, nesse inicio de 2016 aconteceram diversos desastres ambientais e fenômenos que são provocados pelo ataque dos humanos aos sistemas de equilíbrio da natureza. Nas metrópoles, cidades e comunidades que vivem nas encostas dos morros do Brasil se produzem as condições para os desastres ecológicos.

* Na Europa e no Oriente o terrorismo imposto pelo Estado Islâmico apavora o mundo, através dos atentados em Paris e em outras cidades da Europa, e as grandes potências não conseguem deter a neurose coletiva do fundamentalismo que mata mulheres, homens, jovens, crianças e idosos.
* A longa caminhada dos refugiados, rumo à Europa, em busca de uma vida melhor é uma das mais graves situações da humanidade. Enquanto tudo acontece o mundo segue rumo ao final deste século XXI e Terceiro milênio, de forma insegura e perigosa. O mundo e sua humanidade se encontram diante de uma época das mais graves, por causa da ampliação do fenômeno do aquecimento do Planeta Terra. 

* O estabelecimento das redes de comunicação virtual introduz o padrão de transmissão de notícias e informações de modo simultâneo à ocorrência dos eventos. Entre relações sociais e culturais expandidas nessas redes, vai se constituindo um modo de desenvolvimento vinculado a paradigmas que são concebidos pelas grandes corporações do mundo privado. Esse mecanismo de centralização das redes muitas vezes dificulta o desenvolvimento humano e o seu enriquecimento cultural e gera o desconforto do paradoxo que se estabelece entre o avanço da civilização e, ao mesmo tempo o retrocesso dos processos humanizadores. 

A contradição está instalada no âmbito das relações pessoais e institucionais em instâncias diversas da sociedade política e da sociedade civil. A luta contra o terrorismo não garante a vida de milhares de adultos e crianças inocentes atingidos pelo horror e a morte que se espalha mediante a ação criminosa de facções terroristas que atuam em vários continentes e em muitos países.

As mulheres do mundo participam das redes sociais e debatem questões da sociedade, da cultura e da arte. Poucas se interessam em elaborar ideias sobre política.

Introdução

A trajetória da mulher no mundo das contradições

Olympe de Gouges declarou, em 1802: “A mulher tem o direito de subir ao cadafalso, ela também tem o direito de subir à tribuna”, in Mulheres Públicas, Michelle Perrot, Paris, 1998.
“No século XIX, as mulheres se mexem, viajam. Migram tanto como os homens, atraídas pelo mercado de trabalho das cidades, principalmente, como empregadas domésticas. Essas cidades, que as chamam sem realmente acolhe-las, empenham-se em canalizar a desordem potencial atribuída à coabitação entre homens e mulheres”.

“Existem lugares proibidos às mulheres, como políticos, judiciários, intelectuais, e até desportistas -, e outros que lhes são quase exclusivamente reservados – lavanderias, grandes magazines, salões de chá”. “Ser um homem público é a honra, enquanto que ser uma mulher pública é uma vergonha! Para as mulheres, o privado é seu coração, a casa. Para os homens, o público e a política, seu santuário”. “A história, de inicio, se dedicou a descrever os papeis privados das mulheres. Entre o público e o privado os homens e mulheres, o político e o pessoal, as divisões se quebram e recompõem a paisagem”.

“Por que, apesar das mulheres terem adquirido a igualdade civil, a instrução, o assalariado e os esportes de alto nível, elas ainda encontram resistência nos três bastões masculinos: o militar, o político, e sobre tudo o religioso? Nada mais que as três ordens da Idade Média”. - Mulheres Públicas, Michelle Perrot, Paris, 1998.

Signos da Mulher em sua trajetória no mundo
Qual será a paisagem do mundo e a sociedade do Século XXI em 2022, 2040, 2100? Quais os papéis e circunstâncias das mulheres do presente – futuro – amanhã?
Quais seus direitos mais justos e seus deveres mais responsáveis?

Iniciando um diálogo com pessoas e grupos
Este artigo representa uma homenagem às mulheres dos milênios, épocas, séculos, das mulheres em seus signos humanos; Às mulheres de todos os continentes do mundo em suas circunstâncias, seja no lar, no trabalho, em suas profissões e funções sociais que contribuem para os tempos do mundo. E àquelas mulheres vítimas dos sistemas injustos e discriminatórios da sociedade em que vivem e em que morrem, todos os dias.

Ao longo da história da humanidade, a mulher já foi vista como feiticeira, bruxa, demônio, deusa, anjo, santa, heroína. O século XX permitiu a ela, por si só, redefinir o seu papel. A ciência do século XX foi a porta libertadora da mulher. De um lado, as máquinas passaram a fazer parte de sua liberdade para sair de casa para o trabalho, ao mesmo tempo em que as mulheres se tornaram vítimas das máquinas e dos patrões que as consideravam um instrumento de trabalho, sem seus direitos.

De todo modo, tentando administrar o tempo e os espaços, nesse decorrer de décadas, a mulher vem, a cada dia e, rapidamente, em todo o mundo, ampliando sua participação nos campos de atuação, em áreas e circunstâncias da sociedade contemporânea.
A mulher e a sua política de ser e representar seus papéis em cada canto do planeta faz da própria mulher de todos os milênios, de todos os séculos e de todas as décadas, a protagonista mais importante da grande revolução do mundo. Mas, em sua grande maioria, as mulheres são perseguidas, sofrem discriminação e as consequências da existência que ainda há entre o mundo masculino-machista e o mundo da mulher-feminista em seu processo de emancipação social.

Muitas mulheres, no mundo em que se reproduzem contradições políticas e sociais, ainda passam fome, e são vitimas de violências físicas e simbólicas inaceitáveis, como assassinatos e encarceramento em cativeiros domésticos. Através dos séculos podemos ver que os homens jamais caminharam sozinhos. Em todas as civilizações tiveram suas cúmplices de sonhos e realizações, tanto para a construção do bem como para a realização de ações perversas.

Antigamente...
Na pré-história as mulheres eram sagradas. Todos os deuses eram femininos. Nessa época, os homens eram nômades, saiam para buscar alimento e as mulheres em bandos ficavam cuidando dos filhos, em seu "lar pré-histórico".

Após milhares de anos, as mulheres foram descobrindo os instrumentos modernos da agricultura. Mas, com os afazeres domésticos, a mulher não pôde assumir, com o seu companheiro, o trabalho no campo e o controle dos negócios. Assim, ela tinha somente a função de ter filhos, cuidar deles, do marido e da casa, sem nunca ter a chance de ter atividades fora de seu lar.
No século XX, a mulher conquista, com luta, morte e perseverança, as condições de igualdade para disputar o mercado de trabalho.  A grande disputa foi e continua sendo nessa segunda década do século XXI, a excelência, não importa o gênero.

Homenageamos todas as mulheres que se destacaram no século XX, quando de simples mulheres de casa, do campo e das fábricas, tornaram-se militantes revolucionárias. Homenageamos desde as coroadas rainhas que exerceram seu poder de forma a contribuir para a emancipação humana, como todas as outras que foram condenadas a morte, nas fogueiras da Idade Média; De Sócrates e Xantipa; De Madame Curie às mulheres revolucionárias que conquistaram cargos os mais diversos, e que contribuíram com a humanidade, especialmente as grandes educadoras. Destacamos presidentes e ministras de estado, e outras que ocuparam e ocupam cargos importantes.

Da primeira mulher vítima de violência por lutar em defesa do voto feminino, no início do século XX, à nossa modernidade e contemporaneidade, são inúmeras aquelas que participam do processo político no Brasil, na América Latina, nos Estados Unidos, na Europa e em diversos países do ocidente. Muitas mulheres se preparam para as próximas eleições, visando cargos eletivos em instâncias da carreira política, nos âmbitos: federal, estadual e municipal. Nos países onde a Democracia é um direito constitucional que deve ser exercido por todos os cidadãos e por todas as cidadãs, destacam-se as mulheres que exercendo sua vontade política com competência e determinação, alcançaram posições políticas importantes para o avanço da luta pelos direitos humanos, contribuindo assim para a transformação da sociedade atual, ainda tão distante do verdadeiro sentido da democracia, no sentido real e não apenas formal.

Muitos exemplos acontecem pelo mundo, onde o poder feminino possui voz, atitude e ação transformadora em prol da humanização, da justiça social, da paz, da educação e do desenvolvimento humano. Milhares delas vivem tentando ir além, a partir dos papéis que representam nos palcos da vida. Não importam sua idade, etnia, cultura e filosofia de vida. Ela, a mulher atual da segunda década do século XXI, tem contribuído com a sociedade, assim como as grandes mulheres fizeram a grande diferença no Século XX, junto com seus companheiros de lutas, conquistas e vitórias.

Homenageamos as mulheres que se destacam por sua efetiva contribuição à sociedade brasileira e seu desenvolvimento, ao longo dos séculos, nesses 516 anos do Brasil da América do Sul. A maioria, de forma muitas vezes anônima, tem realizado grandes transformações em vilas, cidades, estados, em nível nacional no Brasil, e em tantos outros países onde atuam.

Destacaremos alguns nomes de mulheres públicas que representam tantas outras que contribuíram e que contribuem com o panorama da história, nas áreas da educação, cultura, arte, política e da ciência brasileira, pois do período do império à atualidade, muitas lutaram pela igualdade de gêneros, por justiça social e avanço dos direitos civis.

Na realidade, a mulher, ao longo do tempo, cristalizou uma grande força feminina que redimensionou e ampliou sua determinação pessoal, diante de seus desejos e projetos.

Fim do século 19
Surge o primeiro foco do movimento feminista brasileiro que foi motivado pelas reivindicações por direitos democráticos como o direito ao voto, ao divórcio, educação, ao trabalho e à sua forma de ser, diante dos seus signos que representam seus projetos.

Mulheres em luta no Século XX:
O século XX representa o nascimento social da mulher. Com a Constituição Federal de 1988, “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações”.

Destacamos algumas datas, nomes e acontecimentos importantes sobre a luta das mulheres no Brasil, que tinham como objetivo conquistar seus direitos democráticos.

1907 – Greve das costureiras em São Paulo, ponto inicial para o movimento por uma jornada de trabalho de 8 horas;

1914 - A jovem Eugênia Moreira se torna, aos dezesseis anos, a primeira repórter do Brasil; 1917 - Anita Malfati expõe em uma mostra que antecedeu a "Semana de Arte Moderna", em 1922; - A professora feminista Leolinda Daltro lidera uma passeata a favor do direito ao voto pelas pelo ao voto, pelas mulheres brasileiras;

1917 - O serviço público passa a admitir mulheres no quadro de funcionários. Dois anos depois, a Conferência do Conselho Feminino da Organização Internacional do Trabalho aprova a resolução de salário igual para trabalho igual;

1918 - Maria José de Castro Rabelo Mendes é a primeira Diplomata do Brasil; - A bióloga Bertha Lutz publica em Revista, uma carta em que divulga a organização de uma associação de mulheres pela independência e pelo voto feminino;

1919 - É construído um busto em homenagem a Clarice Índio do Brasil, que morreu vítima de violência no Rio de Janeiro; - A ativista Elvira Boni Lacerda lidera a greve das costureiras no Rio;

1922 - A Federação Brasileira pelo Progresso Feminino do país é fundada e realiza o I Congresso Internacional Feminista, no Rio de Janeiro; 1927 - Celina Guimarães Viana se torna a primeira eleitora, no Rio Grande do Norte;

Década de 1930 - avanços das mulheres no campo político. Em 1932, as mulheres conquistam legalmente o direito ao voto, com o Código Eleitoral. Apesar da importância simbólica dessa conquista, à época, foram determinadas restrições para o exercício desse direito. Foi só com a Constituição de 1946 que o direito pleno ao voto foi concedido.

1933 - Almerinda Farias Gama é a primeira mulher a votar na eleição dos representantes classistas para a Assembleia Nacional Constituinte. Em 1944 - Um grupo de enfermeiras segue para Nápoles na Segunda Guerra Mundial;

1947 - Elisa Branco, ativista da Federação de Mulheres, é presa por causa de sua atuação nas campanhas contra a carestia da época. 1950 - A operária e militante Angelina Gonçalves é morta a tiros pela polícia durante manifestação da Campanha O Petróleo É Nosso, no dia 1º de maio. - É fundada a Associação Brasileira de Mulheres Médicas;

1934 - Carlota Pereira Queiróz torna-se a primeira deputada brasileira. Naquele mesmo ano, a Assembleia Constituinte assegurava o princípio de igualdade entre os sexos, o direito ao voto, a regulamentação do trabalho feminino e a equiparação salarial entre os gêneros.

1937 – Foi iniciada a ditadura do Estado Novo, e então o movimento feminista perde força. Só no fim da década seguinte volta a ganhar intensidade com a criação da Federação das Mulheres do Brasil e a consolidação da presença feminina nos movimentos políticos.
1964 – Novo período ditatorial, que diminuem as ações do movimento, só retornando na década de 70.
1969–Publicação do estudo pioneiro de Heleieth Saffioti – “A mulher na sociedade de classes”.
Anos 70 - Luta de caráter sindical e a aprovação da lei do divórcio, uma antiga reivindicação do movimento feminista brasileiro e a luta feminista de caráter sindical.

1975 – Criação do Ano Internacional da Mulher e do Movimento Feminino pela Anistia. No mesmo ano a ONU, com apoio da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), realiza uma semana de debates sobre a condição feminina. Ainda nos anos 70 é aprovada a lei do divórcio, uma antiga reivindicação do movimento.

1981- Publicação do estudo da brasilianista June E. Hahner – “A mulher brasileira e suas lutas sociais e políticas”.

1985 – Criação do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), subordinada ao Ministério da Justiça, com objetivo de eliminar a discriminação e aumentar a participação feminina nas atividades políticas, econômicas e culturais.

Lutas e conquistas das mulheres no Século XXI
2000 - Tem início, no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), o funcionamento do Centro de Estudos do Genoma Humano, coordenado pela geneticista Mayana Zatz.
A partir do início de 2001 deste século 21, o movimento feminista brasileiro foi decisivo para a continuidade das lutas iniciadas no século 20, ampliando sua articulação com diversos grupos e com a sociedade civil, para conquistar a ampliação dos direitos da mulher, na perspectiva da igualdade entre os gêneros, que apesar de todos os avanços, ainda não é totalmente garantida.
2002 - O Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) foi absorvido pela Secretaria de Estado dos Direitos da Mulher, criada em 2002 e ligada à Pasta da Justiça.
2003 – A Secretaria de Estado dos Direitos da Mulher passa a ser vinculada à Presidência da República, com status ministerial, sendo denominada de Secretaria de Políticas para as Mulheres.
Nessa segunda década do século 21, é ampliado o movimento de mulheres que lutam pela conquista de diversas e justas reivindicações:
-Reconhecimento dos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais das mulheres;
-Necessidade do reconhecimento do direito universal à educação, saúde e previdenciária;
- Defesa dos direitos sexuais e reprodutivos;
- Reconhecimento do direito das mulheres sobre a gestação, com acesso de qualidade à concepção e/ou contracepção;

- Descriminalização do aborto como um direito de cidadania e questão de saúde pública.
A violência contra a mulher tem sido constatada como uma realidade concreta, através de estatísticas, do início deste século. Segundo pesquisa da respeitada Fundação Perseu Abramo (Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado), realizada em 25 estados, em 2010, foi constatado que a cada dois minutos cinco mulheres são espancados no Brasil; 11,5 milhões de mulheres já sofreram tapas e empurrões e 9,3 milhões sofreram ameaças de surra.

A Lei Maria da Penha surgiu como uma das importantes leis brasileiras em defesa da mulher, pois garante proteção legal e policial às vitimas de agressão doméstica. A Secretaria de Políticas das Mulheres presta todo apoio ao movimento feminista brasileiro, que atua em prol da redução da desigualdade dos gêneros, assim como para garantir a autonomia econômica das brasileiras.
Destacam-se, na década de 20 do século XX e XXI mulheres que desempenharam papéis históricos muito importantes. Seus nomes não estão registrados nem por ordem alfabética e nem por áreas. Esse trabalho está sendo desenvolvido através de muitas pesquisas que abrangem mulheres de áreas: científicas, culturais, artísticas, políticas, humanitárias, jornalistas, historiadoras, escritoras, poetas, artistas, e de outras áreas.

Mulheres em destaque que receberam o Prêmio Nobel de Literatura
Desde 1901, o prêmio Nobel da Literatura foi concedido aos 110 escritores cujo conjunto da obra foi considerado notável. Ao receber a cobiçada medalha em outubro de 2013, a canadense Alice Munro se tornou a décima terceira autora a ser agraciada pela Academia Sueca – número ainda tímido, mas que torna este o prêmio instituído por Alfred Nobel com mais representantes do sexo feminino, atrás apenas do Nobel da Paz, que já honrou o trabalho literário de 15 mulheres laureadas; Entre elas:
Selma Lagerlöf, sueca, (1858-1940), a primeira mulher a receber o Prêmio Nobel da Literatura, em 1909; em 1914; a sueca Selma Ottilia Lovisa Lagerlöf se tornou também a primeira mulher a integrar a Academia Sueca, instituição responsável pela premiação instituída por Alfred Nobel; a italiana Grazia Deledda foi premiada em 1926; Sigrid Undse, da Dinamarca, criada na Noruega, recebeu o prêmio em 1928; Pearl Buck, americana, foi premiada com o Prêmio Nobel, em 1938; Gabriela Mistral, pseudônimo de Lucila Godoy Alcayaga, poeta, educadora e feminista chilena, recebeu o prêmio em 1945; Nelly Sachs, alemã, escrita lírica e dramática, premiada em 1966; Nadine Gordimer, País: África do Sul, premiação em 1991; Toni Morrison, dos Estados Unidos, recebeu a premiação em 1993; Wislawa Szymborska, da Polônia, considerada a “Mozart da poesia”, foi premiada em 1996 e faleceu em 2012; Elfriede Jelinek, da Áustria, recebeu a premiação em 2004; Doris Lessing, da Pérsia/Irã, a mulher mais velha a receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 2007, com 88 anos, pouco antes de morrer; Herta Müller, da Romênia, foi premiada em 2009; Alice Munro, que escreve apenas contos, é canadense e recebeu o prêmio em 2013.

Destacamos alguns nomes de mulheres públicas que representam tantas outras que contribuíram e que contribuem com o panorama da história, nas áreas da educação, cultura, arte, política e da ciência brasileira, pois do período do império à atualidade, muitas lutaram pela igualdade de gêneros, por justiça social e avanço dos direitos civis.

Na década de 20 do século XX e da primeira década do século XXI as mulheres  desempenharam papéis históricos muito importantes. Nesse parágrafo os nomes não estão registrados nem por ordem alfabética e nem por áreas. Esse trabalho está sendo desenvolvido através de pesquisas que abrangem mulheres de áreas: científicas, culturais, artísticas, políticas, humanitárias, informação, comunicação. Homenagem às importantes educadoras, médicas, jornalistas, historiadoras, escritoras, poetas, artistas plásticas, escultoras, atletas, atrizes, cineastas, coreógrafas, bailarinas clássicas, da dança contemporânea, cantoras, e de outras profissões.

Mulheres conhecidas no mundo: Virginia Woolf, Frida Kahlo, Camille Claudel, Simone de Beauvoir, Sra. Klein, Florbela Espanca, e ainda mulheres que foram premiadas com o Prêmio Nobel, em diversas categorias, como Nobel da Paz, Nobel da Ciência, Nobel da Literatura, e outros nomes em diversas áreas.

Homenagem a mulheres de áreas do panorama brasileiro e internacional:
Anita Garibaldi, Hipólita Jacinta Teixeira de Mello, Mayana Zatz, Bertha Lutz, Cora Coralina, Tarsila do Amaral, Bárbara Alencar, Maria Quitéria de Jesus, Maria da Glória Sacramento, Nísia Floresta Augusta, Maria Firmina dos Reis, Maria Amélia de Queiroz, Chiquinha Gonzaga, Maria Lacerda de Moura, Leolinda de Figueiredo Daltro, Nise da Silveira, Eva Nill, Irmã Dulce, Zilda Arns Neumann, Carolina Maria de Jesus, Benedita da Silva, Anita Mafaldi, Leolinda de Figueiredo Daltro, Marilena Chauí, Nélida Pinõn, Lygia Fagundes Telles, Tomie Ohtake, Adélia Prado, Cecília Meireles, Lya Luft, Bibi Ferreira, Fernanda Montenegro, Ana Botafogo, Clarice Lispector, Maria Clara Machado, Maria Della Costa, Lygia Clark, Lina Bo Bardi, Maria Tereza Goulart, Maria Esther Bueno, Rachel de Queiroz, Elis Regina, Ana Cristina Cesar, Lygia Bojunga, Hilda Hilst, Carla de Andrade Camurati, atriz e cineasta brasileira. Ela foi presidente da Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro entre 2007 e 2014; Mercedes Baptista, a Primeira bailarina negra do Theatro Municipal do Rio, morreu aos 93 anos, em 18 de agosto de 2014, Ana Miranda, Beatriz Milhazes, Laura Riding, Laura Nehr, Elisa Lucinda, e tantas outras das áreas do teatro, cinema, musica, balé clássico, da dança contemporânea, e todas as artistas e os artistas que representam a diversidade cultural brasileira.

Destacamos as atletas da década de 80: Janeth, Hortência, Paula, e a jovem atleta pernambucana Etiene Medeiros, que em 2015 conquistou no Mundial de Kazan, na Rússia, duas medalhas de prata para o Brasil, na categoria natação, tornando-se a primeira nadadora a receber uma medalha em campeonatos mundiais de piscina.

Em destaque, as cientistas brasileiras: Suzana Herculano-Houzel, neurocientista carioca que estuda o cérebro humano; Duília de Mello, astrônoma que cuida de projetos na NASA. Uma das mais renomadas astrofísicas do mundo é a alemã Thaisa Storchi Bergmann, na área das ciências espaciais.
A ciência brasileira, feita por mulheres, teve destaque em março de 2015. O Prêmio L’oréal-Unesco Para Mulheres Ciência premiou suas vencedoras e entre elas duas brasileiras: A astrofísica Thaisa Storchi Bergmann, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), uma das mais renomadas no mundo, que estuda buracos negros supermassivos. São estruturas imensas formadas por estrelas moribundas, planetas, nuvens de gás e outros elementos que foram atraídos pela gravidade, do Big Bang até hoje. Essas estruturas também ajudam a entender a evolução do nosso sistema solar, a gravidade e o futuro do universo.

A segunda cientista da atualidade é Carolina Andrade que participou do programa “Talentos Internacionais em Ascensão” (em inglês, “International Rising Talents”), criado pela parceria L’Oréal-UNESCO, cujo objetivo é acelerar o avanço de 15 jovens mulheres cientistas no mundo. Carolina Andrade, farmacêutica e professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), foi reconhecida pelo programa por sua pesquisa para o tratamento da Leishmaniose, doença que afeta 12 milhões de pessoas em todo o mundo. Em 2014, Carolina foi uma das sete vencedores do único programa brasileiro de incentivo às mulheres na ciência, também realizado pela parceria da L’Oréal com a UNESCO e a Academia Brasileira de Ciências. Thaisa e Carolina foram homenageadas em 18 de março de 2015, em cerimônia realizada na Sorbonne, em Paris.

Algumas Mulheres inesquecíveis - Homenagem à Madre Teresa de Calcutá
Destacamos uma das personalidades femininas mais importantes para a memória da mulher, no mundo: Madre Teresa de Calcutá (Agnes Gonxha Bojaxhiu), nascida em 26 de agosto de 1910 na Albânia e falecida no dia 05 de setembro de 1997. Ela foi uma missionária católica que dedicou sua vida pessoal e religiosa aos pobres, e criou uma Congregação chamada de “Missionárias da Caridade”. Por conta de suas obras de caridade foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz em outubro de 1979. Nesse mesmo ano ela foi recebida no Vaticano pelo Papa João Paulo II, que a nomeou "embaixadora" do Papa em todas as nações. Ela recebeu o título "Honoris Causa", em diversas universidades do mundo. Em 1980, recebeu a ordem "Distinguished Public Service Award" nos EUA.
Em 18 de dezembro de 2015, o Papa Francisco assinou o documento que autoriza a canonização de Madre Teresa de Calcutá. O pontífice aprovou um milagre atribuído à intercessão da futura santa, beatificada por João Paulo II, em outubro de 2003. Ela continua sendo um importante exemplo para a humanidade, assim como foi e continua sendo Mahatma Gandhi (Mohandas Karamchand Gandhi).

No cotidiano do nosso mundo existem centenas Madres Teresa que a mídia ainda não descobriu. Apesar das guerras insanas e do terrorismo imposto pelo Estado Islâmico, o mundo está repleto de sentimentos amorosos e de solidariedade que se materializam no cuidado dispensado pelas mulheres às crianças e às pessoas idosas. Mas existem ainda mulheres que vivem como na época da Santa Inquisição, quando Branca Dias foi condenada à fogueira. E quantas Madalenas arrependidas vagam pelo mundo? Quantas mil mulheres trabalham e estudam para superar seus limites? Não são todas heroínas aquelas que conseguem sobreviver aos seus casamentos infelizes? Não são todas indispensáveis, aquelas que pautam suas vidas nos princípios da ética e da dignidade?

Homenagem à Dra. Zilda Arns Neumann; médica pediatra, sanitarista *1934 +2010
Fundadora internacional da Pastoral da Criança, fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa - organismos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dra. Zilda Arns também foi representante titular da CNBB, do Conselho Nacional de Saúde e membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

Nascida em Forquilhinha (SC), residia em Curitiba (PR), mãe de seis filhos e avó de dez netos. Escolheu a medicina como missão e enveredou pelos caminhos da saúde pública. Sua prática diária como médica pediatra do Hospital de Crianças Cezar Pernetta, em Curitiba (PR), e posteriormente como diretora de Saúde Materno-Infantil, da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná, teve como suporte teórico diversas especializações como Saúde Pública, pela Universidade de São Paulo (USP) e Administração de Programas de Saúde Materno-Infantil, pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS). Por  sua experiência foi convidada, em 1980, a coordenar a campanha de vacinação Sabin para combater a primeira epidemia de poliomielite, que começou em União da Vitória (PR), criando um método próprio, depois adotado pelo Ministério da Saúde.

Em 1983, a pedido da CNBB, a Dra. Zilda Arns criou a Pastoral da Criança juntamente com Dom Geraldo Majela Agnello, Cardeal Arcebispo Primaz de São Salvador da Bahia, que na época era Arcebispo de Londrina. Foi então que desenvolveu a metodologia comunitária de multiplicação do conhecimento e da solidariedade entre as famílias mais pobres, Após 30 anos, a Pastoral acompanha mais de 1,2 milhão de crianças menores de seis anos, 72 mil gestantes e 1 milhão de famílias pobres, em 3.881 municípios brasileiros. Seus mais de 205 mil voluntários levam fé e vida, solidariedade e conhecimentos sobre saúde, nutrição, educação e cidadania para as comunidades.

Dra. Zilda Arns Neumann recebeu o título de Cidadã Honorária de 11 estados e 37 municípios brasileiros, 19 prêmios (nacionais e internacionais) e dezenas de homenagens de governos, empresas, universidades e outras instituições, pelo trabalho realizado na Pastoral da Criança. Pelo seu trabalho na área social, Dra. Zilda Arns recebeu condecorações tais como: Woodrow Wilson, da Woodrow Wilson Fundation (EUA), em 2007; o Opus Prize, da Opus Prize Foundation (EUA), pelo inovador programa de saúde pública que ajuda a milhares de famílias carentes, em 2006; Heroína da Saúde Pública das Américas (OPAS/2002); 1º Prêmio Direitos Humanos (USP/2000); Personalidade Brasileira de Destaque no Trabalho em Prol da Saúde da Criança (Unicef/1988); Prêmio Humanitário (Lions Club Internacional/1997); Prêmio Internacional em Administração Sanitária (OPAS/ 1994); títulos de Doutor Honoris Causa das Universidades: Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Universidade Federal do Paraná, Universidade do Extremo-Sul Catarinense de Criciúma, Universidade Federal de Santa Catarina e Universidade do Sul de Santa Catarina.

Zilda Arns encontrava-se em Porto Príncipe, em missão humanitária, para introduzir a Pastoral da Criança no país. No dia 12 de janeiro de 2010, pouco depois de proferir uma palestra para 15 religiosos de Cuba, o país foi atingido por um violento terremoto. A Dra. Zilda foi uma das vítimas da catástrofe. (Dados/Internet)

Primeira Bailarina negra do Municipal
Homenageamos Mercedes Baptista, a Primeira bailarina negra do Theatro Municipal do Rio, que morreu aos 93 anos, em 18 de agosto de 2014. Ela ingressou no Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Em 1946 ela ingressou na Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, quando foi aluna do estoniano Yuco Lindberg, sendo em seguida aprovada em concurso interno para participar do Corpo de Baile do Municipal.

Ela foi empregada doméstica e vendedora de loja, mas com sua determinação em ser bailarina, ela não desistiu do seu sonho e objetivo. Ela mudou o carnaval carioca, com a sua presença, quando trouxe o minueto para a avenida, pela Escola “Acadêmicos do Salgueiro”, o que era uma coisa espetacular para a época. Em 1948, ela conheceu o jornalista e sociólogo Abdias Nascimento, fundador do Teatro Experimental do Negro, e engajou-se no movimento de cultura afro-brasileira.

Mercedes foi para os Estados Unidos em 1953, trabalhando com a antropóloga Katherine Dunham, que pesquisava danças de origem africana. Na volta ao Brasil, ainda como bailarina do Theatro Municipal, montou sua própria companhia, o Ballet Folclórico Mercedes Baptista. Ela atuou também no carnaval, tendo coreografado alas do Salgueiro, quando a escola ganhou seu primeiro título, em 1963, com o enredo Xica da Silva. Ela foi enredo do carnaval de 2008 na “Escola Acadêmicos do Cubango”, e destaque da Vila Isabel em 2009, quando o enredo foi o Theatro Municipal.

A bailarina negra foi lembrada pela amiga e aluna Ruth Souza Santos, que destacou a importância de seu trabalho: “Ela foi a pioneira a codificar a dança afra no Brasil, a partir de sua base clássica e moderna. Ela foi realmente uma desbravadora”.

Bailarinas clássicas brasileiras de destaque, entre outras
As bailarinas clássicas Ana Botafogo e Márcia Jaqueline são Primeiras bailarinas do Theatro Municipal do Rio. As trajetórias de ambas já estão consagradas no cenário da cultura brasileira. A bailarina Márcia Haydée Salaverry Pereira da Silva nascida em Niterói/RJ, em 18 de abril de 1937 é uma bailarina e coreógrafa brasileira que foi muito famosa na Europa. Aos dezesseis anos, foi se aperfeiçoar na Royal Ballet School de Londres, na Inglaterra. Em 1957, Haydée iniciou sua carreira profissional no Ballet do Marquês de Cuevas. Quatro anos depois, conheceu o coreógrafo John Cranko, diretor do Ballet de Stuttgart, de onde se tornou a primeira solista.

Ela se tornou uma estrela internacional, dançando em obras como Romeu e Julieta, Eugène Oneguin e A megera domada. Em 1976, três anos após a morte do marido, Márcia assumiu a direção do Ballet de Stuttgart, passando a ser disputada por grandes coreógrafos. Ela era então aclamada como a "Maria Callas da dança". Em 1996, Márcia Haydée resolveu dedicar-se à vida pessoal e hoje vive em uma casa de campo, a quarenta quilômetros de Stuttgart. Contudo, em outubro de 1999, aos sessenta e dois anos, ela voltou a apresentar-se, dançando a peça Tristão e Isolda, com o bailarino brasileiro Ismael Ivo, na Alemanha.

Homenagem à inglesa Margaret Mee, apaixonada pelas orquídeas da Amazônia.
Margaret Mee (1909-1988) nasceu em 1909 em Chesham, no condado de Buckingham, na Inglaterra. Quando jovem, frequentou as principais escolas de artes de sua cidade. Em 1952, com seu segundo marido, o artista gráfico Greville Mee, veio a São Paulo visitar sua irmã. Acabaram ficando no Brasil, em 1956, Margaret decidiu embarcar em sua primeira expedição amazônica rumo ao rio Gurupi.

A delicada pintora de orquídeas, Margaret Mee, retratou a flora usando técnicas científicas em um contexto artístico. Ela - que completaria, agora, 100 anos de vida - nasceu e morreu na Inglaterra, mas a paixão pela floresta definiu seu último desejo: suas cinzas foram jogadas no Rio Negro. Ela pesquisou, por muitos anos, a flora da Amazônia, e deixou uma importante e preciosa contribuição ao Brasil, através de suas pinturas e aquarelas. Ela fez expedições ao Pico da Neblina, em 1967, às margens do Rio Negro, e pintou a bela natureza amazônica.

Sua residência no Rio de Janeiro ficava na encosta de Mata Atlântica, no bairro de Santa Teresa. Muita obstinação e coragem são atributos que definem parte da personalidade de Margaret Mee, que possuía grande talento artístico, e vivia com tintas e pincéis, à busca da beleza de flores e paisagens. Em 15 viagens à Amazônia, produziu cerca de 450 pinturas da flora tropical, como orquídeas, bromélias e helicônias, entre outras plantas. Parte desse material pode ser visto no novo livro Flores da Floresta Amazônica, que inclui ainda trechos de seus diários, onde em um dos trechos revela a admiração com que observava a natureza. "Entramos na floresta sozinhas, seduzidas por um campo de plantas maravilhosas: pontas brilhantes e vermelhas”...

"Margaret sempre buscava modelos que fossem espécimes botânicos representativos ou espécies raras", revela Malena Barretto, coordenadora do curso de ilustração da Escola Nacional de Botânica Tropical do Rio de Janeiro, que conviveu com a artista por dez anos. "Sua arte, além de encantar pela harmonia de formas e cores, também trouxe significativo avanço à ciência."

Apaixonada pela floresta, em maio de 1988, aos 79 anos, Margaret retornou ao rio Negro. Seu objetivo era pintar a flor-do-luar, espécie de cacto que só floresce à noite e é endêmica na região do arquipélago das Anavilhanas.

Margaret Mee morreu em 1988, em um acidente de carro em Leicestershire, na Inglaterra. Um ano depois, seu marido foi ao Amazonas cumprir seu o último desejo: lançar suas cinzas sobre as águas escuras do rio Negro.

Mulheres atletas nos Jogos Olímpicos da Era Moderna, Rio 2016 - Brasil.
Atletas mulheres e homens disputarão os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, na maior festa do esporte mundial, entre os dias 5 e 21 de agosto de 2016. Os Jogos Olímpicos da Antiguidade não permitiam a participação de mulheres, mas apenas de atletas do sexo masculino, de origem grega, poderiam participar das competições. No final do século XIX, o mundo assistiu aos primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, idealizados pelo Barão de Coubertin, permitia a participação de atletas de diversos países. As mulheres puderam participar, há 118 anos, dos jogos olímpicos, em todas as modalidades, a partir do I Congresso Olímpico que foi realizado em 1894, quando foi feira a escolha oficial da cidade. Quatorze séculos depois, Atenas, palco dos Jogos Olímpicos da Antiguidade, receberia os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, no período de 6 a 15 de abril de 1896.

O Rio 2016 terá representantes em todas as modalidades esportivas. E nos Jogos Olímpicos estarão presentes mulheres e homens em 28 esportes e 38 modalidades olímpicas, com a inclusão de mais dois esportes: Rugby Sevens e Golf.

Espaço da mulher além da Terra – Valentina Vladimirovna Tereshkova
Há 53 anos, a russa Valentina Vladimirovna Tereshkova tornou-se a primeira mulher do mundo a ir para o espaço, em 6 de junho de 1963, aos 26 anos. Ela foi e é considerada uma mulher de coragem que foi transformada em heroína nacional, após o sucesso de sua missão. Foi considerada “A maior mulher do Século XX”, pois continua sendo a única mulher a fazer voo solo. Valentina voou na Vostok VI, lançada de Baikonur há 52 anos, (junho de 2015). Ela completou 48 órbitas ao redor do planeta, em um total de 71 horas. Depois de Valentina Vladimirovna Tereshkova, outras 58 mulheres astronautas foram ao espaço e orbitarem a Terra.

Algumas mulheres cientistas consagradas no mundo, ao longo dos tempos:
- Marie Curie (1867 - 1934) - Física e química polonesa que ficou conhecida por suas contribuições sobre radioatividade. Ganhou o Prêmio Nobel de Física de 1903 e o Prêmio Nobel de Química de 1911, tornando-se a primeira pessoa a conquistar o Nobel duas vezes e em duas áreas diferentes;
- Rita Levi-Montalcini (1909 - presente) - Neurologista italiana que recebeu o Prêmio Nobel de Fisiologia/ Medicina de 1986 pelos seus estudos sobre o sistema nervoso;
- Rosalind Franklin (1920 - 1958) - Biofísica britânica que foi pioneira em pesquisas de biologia molecular. Ficou conhecida por seu trabalho sobre a difração dos Raios-X; descobriu o formato helicoidal do DNA;
- Maria Mayer (1906 - 1972) - Física teórica alemã que ganhou o Prêmio Nobel de Física por suas pesquisas sobre a estrutura do átomo, Jane Goodall (1934) - Primatologista e etóloga britânica, conhecida por suas pesquisas sobre chimpanzés;
- Rachel Carson (1907 - 1967) - Bióloga americana que revolucionou o movimento conservacionista em todo o mundo, publicou estudos sobre o uso de pesticidas;
- Mária Telkes (1900 - 1995) - Biofísica húngara que realizou pesquisas sobre energia solar. Ela inventou o gerador e o refrigerador termoelétricos;
- Barbara McClintock (1902 - 1992) - Cientista e citogeneticista americana que recebeu o Prêmio Nobel de Fisiologia/Medicina, 1983 pela descoberta da transposição genética;
- Cecilia Payne-Gaposchkin (1900 - 1979) - Astrônoma inglesa que descobriu que as estrelas são compostas principalmente de Hidrogênio e Hélio. Ela estabeleceu uma classificação para os astros de acordo com suas temperaturas;
- Gertrude Elion (1918 - 1999) - Bioquímica e farmacêutica britânica que recebeu o Prêmio Nobel de Fisiologia/Mediciana de 1988, pela criação de novos medicamentos;
- Elizabeth Blackwell (1821-1910) - Física americana que se tornou conhecida por ser a primeira mulher a praticar medicina nos Estados Unidos. Fundou a Universidade Médica da Mulher, Mathilde Krim (1926 - presente) - Citogeneticista italiana que realizou diversos estudos sobre vírus causadores de câncer. Foi a responsável pela fundação da Aids Medical Foundation em 1982, que se tornou a amFar (The Foundation for Aids Research), a principal instituição de pesquisa sobre a síndrome, no mundo;
- Ida Noddack (1896 - 1978) - Química alemã que teve importante papel na descoberta do elemento Rênio. Foi a primeira cientista a propor a ideia de fissão nuclear;
- Emmy Noether (1882 - 1935) - Física e matemática alemã que realizou importantes pesquisas sobre a Teoria dos Anéis e Álgebra Abstrata. Elaborou o Teorema de Noether, que explica as relações entre simetria e as leis de conservação da física teórica;
- Christiane Nusslein-Volhard (1942) - Bióloga alemã que recebeu o Prêmio Nobel de Fisiologia/ Medicina de 1995 por suas pesquisas sobre genética embrionária.

Mulher, memória da nossa humanidade.
A mulher é memória sempre viva do mundo. Todas são responsáveis pelo presente e futuro da história da humanidade. E a sua essência sempre foi e continuará sendo algo imutável em todas as eras, milênios, épocas, séculos e décadas, pois carrega consigo, o dom único de ser a geradora de seres humanos. Portanto, que a humanidade por ela gerada possa se tornar cada vez mais justa, pacífica e feliz!

O correr das águas, a passagem das nuvens, o brincar das crianças, o sangue nas veias. Esta é a música de Deus.” [Hermann Hesse].

Obs: Este artigo faz parte dos estudos do Projeto Universidade Planetária do Futuro e do Projeto do livro “Cartas ao futuro – De Mulheres Contemporâneas”, idealizados por Ana Maria Felix Garjan, em 2008, em desenvolvimento.
Referências bibliográficas:
- Secretaria de Políticas para as Mulheres do Governo brasileiro.
- CHAUÍ, Marilena e PINÕN, Nelida. Mulheres do Século XXI, Álbum histórico,  São Paulo,2001.
- PERROT, Michelle. Mulheres Públicas, Editora UNESP – FEU, São Paulo, 1998.
 - AS MULHERES NA HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA, estudos de Margareth Rago.
 - STIFF, Ruth. Return to the AMAZON, Margaret Mee, Royal Botanic Gardens KEW, London, 1996.
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*Ana Maria Felix Garjan, maranhense, embaixadora da Paz, Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix - France/Suisse; socióloga, pesquisadora em arte e literatura, escritora, poeta, acadêmica, artista plástica e fotógrafa internacional, premiada em artes plásticas, conto e poesia. Idealizadora do projeto “Cartas ao Futuro – De Mulheres Contemporâneas” (2008), em desenvolvimento; diretora do Grupo ARTFORUM Brasil XXI – 16 Anos (setembro de 2016) e seus núcleos, sede em Fortaleza - CE; diretora de cultura do Espaço Cultural Gonçalves Dias/ MA; Idealizadora e autora do Manifesto Verde pela Paz da Humanidade e do Planeta/2001, julho de 2008. Editora da Revista Planetária – Artforum internacional, autora de conteúdos de páginas no Facebook, Twitter, em sites e blogs.


Sites:
La Maison D’Art, Ana Felix Garjan: www.lamaisondart-anagarjan.com.br
Cidade Artes do Mundo: www.cidadeartesdomundo.com.br
Universidade Planetária do Futuro – http://projetoartforumuniversidade.blogspot.com
Revista Planetária – ArtForum Internacional: http://revistaartforumcultural.blogspot.com

Manifesto Verde pela Paz da Humanidade e do Planeta:


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No dia 8 de Março de 2019 prestamos homenagem 'In Memoriam' à pintora e poetisa portuguesa, LUIZA CAETANO. As publicações foram registradas no Facebook de Ana Felix Garjan, idealizadora dessa programação. Em marco de 2008, Luiza Caetano participou e foi homenageada através do Orkut, na época e no Blog FÓRUM DE MULHERES PELA PAZ DA HUMANIDADE E DO PLANETA.

Registro de diversos pôsteres da Programação
'A MULHER SÃO MUITAS. SÃO COMO FLORES'.


Pôster da programação de 2019.
A Mulher São Muitas: São como flores nos jardins do mundo. Porém, lamentavelmente,  essas mulheres que são flores nos jardins do mundo, são vítimas, a cada meia hora, de violência doméstica e urbana, por homens assassinos malvados, covardes e perigosos, que comentem crimes hediondos contra mulheres, conforme pesquisas  institucionais do Brasil e do mundo.
Homenagem às mulheres vítimas de violência.


Um dos pôsteres de 2012 é uma homenagem histórica:

A MULHER SÃO MUITAS!


Mulheres em sua trajetória histórica.






Brasil, 8 de Março de 2019

Revista Planetária - Artforum Internacional

Editora: Ana Felix Garjan

Fórum Internacional de Mulheres
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http://forumdemulheresdofuturo.zip.net/
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Desejamos que este espaço multicultural seja motivador para seus convidados, seguidores e leitores.

Brasil, 02 de Março de 2011

Ana Felix Garjan, diretora cultural
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Boas Vindas! Welcome! Bienvenidos!

Pense hoje-agora, com o seu melhor da alma nas mãos, no seu olhar, nas atitudes que nascem da cultura de Paz! Sejamos novos e belos! Sejamos leves, doces e ternos, pois ainda há tempo! E o tempo é o de construir novos caminhos da cultura e arte sem fronteiras, da arte e da poesia que unem pessoas!

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